Hipercalemia: como reconhecer ao ECG e como tratar

A hipercalemia é definida por elevação dos níveis séricos de potássio (K+ > 5,5mmol/L) e pode estar presente em uma grande diversidade de situações clínicas podendo estar relacionada à doença de base ou ser efeito colateral de uso de determinados medicamentos. A hipercalemia não tratada pode levar à arritmias graves e à morte.
O eletrocardiograma é uma excelente ferramenta na avaliação inicial do paciente com hipercalemia. A presença de alterações eletrocardiográficas já indicam a necessidade de tratamento desta condição clínica. As principais alterações são: presença de ondas T apiculadas e ondas P pequenas ou indetectáveis. Outras alterações podem estar presentes e estão descritas nas figuras abaixo.
Quanto ao tratamento, devemos inicialmente proteger o coração com o uso de gluconato de cálcio, visando reduzir o potencial arrítmico da hipercalemia. Na sequência, introduzimos medidas para reduzir os níveis de potássio na corrente sanguínea. Existem diversas opções para tal que devem individualizadas conforme o quadro clínico. Exemplo: em um paciente renal crônico, dialítico, a melhor opção será a diálise.
As opções de tratamento estão listadas na figura abaixo:



ALINNE GIMENEZ FERREIRA
Professora do Plantão Médico
Graduação em Medicina - UFJF
Residência em Cardiologia - UERJ
Residência em Ecocardiografia - UFRJ
Título de especialista em Cardiologia – SBC
Professora de Clínica Médica – Universidade Estácio de Sá
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